
Agricultores familiares do Semiárido baiano participaram de um intercâmbio técnico em Juazeiro, no Sertão do São Francisco, com o objetivo de conhecer a certificação orgânica participativa, promovida pelo Núcleo Sertão do São Francisco.
Organizado pela Associação Regional dos Grupos Solidários de Geração de Renda (Aresol), a ação faz parte das estratégias do Projeto Pró-Semiárido, executado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) do Governo da Bahia. O intercâmbio incluiu visitas às comunidades de Caiçara e ao Centro de Formação Dom José Rodrigues.
Certificação orgânica
Na visita, os agricultores conheceram diferentes formas de produção agroecológica, o uso de tecnologias sociais e a organização comunitária para a obtenção do selo de orgânicos com base participativa. A atividade fortalece a autonomia dos produtores e amplia o acesso a mercados diferenciados.
“Esse intercâmbio possibilitou uma troca de conhecimento riquíssima. Agricultores que estavam inseguros com o processo puderam visualizar o dia a dia de quem já vive a certificação”, explicou Edicarla de Jesus Andrade, técnica da Aresol.
A expectativa é que, até o final do primeiro semestre, pelo menos 20 novos agricultores estejam aptos a receber o selo de certificação participativa, emitido pela Rede de Agroecologia Povos da Mata, primeira entidade da Bahia credenciada como Organismo Participativo de Avaliação da Conformidade (OPAC).
Com apoio do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), o projeto já certificou mais de 200 agricultores familiares em dez municípios, nos territórios Sertão do São Francisco, Piemonte da Diamantina e Bacia do Jacuípe.