
A Associação Mineira dos Produtores de Algodão (Amipa) concluiu, no final de abril, o Curso de Capacitação e Qualificação para Inspetores de Unidades de Beneficiamento de Algodão (UBA).
A iniciativa, que contou com apoio da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), faz parte do Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro (PQAB), instrumento voluntário de certificação da fibra nacional, reconhecido pelo governo federal.
Realizado em Uberlândia, o evento capacitou 24 novos inspetores — que se somam aos 55 capacitados nas duas últimas safras em Minas Gerais — totalizando quase 80 profissionais aptos a conduzir processos de amostragem, registro e rastreabilidade.
“O Brasil é hoje o maior exportador mundial de algodão: plantamos mais de 2,1 milhões de hectares, com estimativa de produção de 3,9 milhões de toneladas, das quais mais de 2,9 milhões seguem para o exterior”, destacou Anicézio Resende, gerente da Central de Classificação de Fibra de Algodão – Minas Cotton (filial da Amipa).
“Cada um desses fardos precisa atender a critérios rigorosos de peso e dimensão de amostra, lacre certificado e registro transparente em sistema, para garantir a confiança dos clientes, sobretudo nos mercados asiáticos”, completa.
De acordo com Edson Mizoguchi, gestor do Programa Standard Brasil HVI (SBRHVI) da Abrapa para manter a credibilidade do algodão brasileiro, é necessário qualificar cerca de 500 inspetores em todo país em 2025.
“São eles que coletam as amostras nos fardos e garantem que cheguem íntegras aos laboratórios, assegurando resultados confiáveis. A rastreabilidade, viabilizada pelo código de cada fardo, confere total transparência ao cliente estrangeiro”, justifica.