Cotonicultura

Projeto Ouro Branco fortalece a produção de algodão agroecológico no Ceará

Iniciativa amplia cultivo de algodão agroecológico e fortalece agricultura familiar no Ceará

A imagem apresenta produtores que integram o Projeto Ouro Branco, que amplia o cultivo de algodão agroecológico e fortalece a agricultura familiar no Ceará
Foto: Assessoria de Imprensa/Ceará

O Projeto Algodão Agroecológico – Ouro Branco avança no norte do Ceará, se consolidando como uma iniciativa de fortalecimento da agricultura familiar baseada em práticas sustentáveis. Nesta fase, a atuação se concentra em Coreaú e Moraújo, com o acompanhamento técnico das lavouras por equipes da Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA).

Segundo o técnico da Coordenadoria de Desenvolvimento da Agricultura Familiar (Codaf), Wanderley Magalhães, as equipes da SDA, em parceria com a Ematerce e secretarias municipais de agricultura, estão avaliando o estande de plantas e verificando quais agricultores executaram corretamente os tratos culturais, como capina, controle de plantas invasoras e manejo de espaçamento entre fileiras.

O monitoramento é essencial para garantir que os insumos biológico, sejam distribuídos aos produtores que seguem as orientações. “Só assim conseguimos garantir que os produtos terão o efeito esperado”, afirma.

Após alcançar sucesso em outras regiões, agora, o Projeto Ouro Branco está sendo implementado no município de Granja. Com a expansão do projeto, o Ceará pretende se tornar referência nacional na produção de algodão agroecológico, com práticas de baixo impacto ambiental e integração produtiva.

Na safra atual, o projeto distribuiu 15 toneladas de sementes de algodão, resultando em uma área cultivada de 1.500 hectares. O investimento ultrapassa R$ 1 milhão, sendo cerca de R$ 400 mil aplicados na aquisição das sementes e R$ 600 mil destinados aos insumos biológicos.

Modelo integrado e sustentável para agricultura familiar

Criado para retomar a cotonicultura sustentável no Ceará, o Projeto Ouro Branco iniciou com a participação de 28 municípios e hoje já abrange 52 cidades.

A iniciativa conta com um arranjo institucional robusto, que reúne a Associação dos Produtores de Algodão Agroecológico do Ceará (Apaece), secretarias municipais de agricultura, Ematerce, Agência de Defesa Agropecuária do Ceará (Adagri), Universidade Federal do Cariri (UFCA) e representantes da indústria têxtil, responsável pela comercialização da produção.

Em 2024, um acordo de cooperação técnica firmado entre governo e parceiros garantiu o cumprimento das práticas agroecológicas e ampliou o suporte às famílias agricultoras.