Manejo

Uso de Tetrastichus howardi avança como alternativa eficiente no controle da broca-da-cana

Parasitoide pupal tem potencial de reduzir em mais de 70% a incidência da praga em condições ideais

Imagem ilustra como um fungo avança como uma das opções sustentáveis para controle da broca-da-cana
Foto: Abhishek Shintr/Unsplash

O parasitoide pupal Tetrastichus howardi tem ganhado destaque como uma solução eficiente, de baixo custo e ambientalmente segura no controle da broca-da-cana (Diatraea saccharalis) — praga que pode reduzir em até 30% a produtividade dos canaviais e favorecer a propagação do fungo Colletotrichum falcatum, causador da podridão vermelha.

Com elevada capacidade de parasitismo, cada fêmea do parasita pode atacar mais de 50 pupas ao longo de sua vida. Em condições ambientais favoráveis e com estratégias adequadas de liberação, os índices de controle da broca-da-cana /podem ultrapassar 70%.

A adoção desse inimigo natural já está consolidada em importantes regiões produtoras do Centro-Sul — como São Paulo, Minas Gerais e Goiás — e do Nordeste, incluindo Pernambuco, Alagoas e Paraíba. O método inclui estratégias de liberação aérea e terrestre, adaptadas à logística e ao manejo de cada usina.

Além do impacto direto sobre a broca, o uso de T. howardi contribui para a redução da aplicação de inseticidas, favorece a preservação da biodiversidade e é compatível com os princípios do Manejo Integrado de Pragas (MIP) e com as exigências de certificações ambientais.

A disseminação dessa tecnologia reforça o papel dos inimigos naturais como aliados estratégicos para uma agricultura mais sustentável, eficiente e economicamente viável — com reflexos positivos tanto na produtividade quanto na conservação dos ecossistemas.