Para discutir o risco fitossanitário e os prejuízos econômicos causados pela mosca-da-carambola, representantes de órgãos estaduais, federais e municipais do Amazonas e de entidades do setor produtivo se reuniram nesta sexta-feira (26), em Manaus (AM). No encontro, o grupo debateu o cenário atual e alinhou estratégias para enfrentar e conter a praga.
Participaram da reunião representantes da Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas (Adaf), da Federação da Agricultura e Pecuária do Amazonas (Faea), do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (Idam), da Associação Amazonense dos Municípios (AAM) e da Secretaria Municipal de Agricultura, Abastecimento, Centro e Comércio Informal (Semacc).
O Ministério da Agricultura decretou estado de quarentena nos municípios de Manaus, Itacoatiara e Rio Preto da Eva após a detecção da praga. O inseto representa uma séria ameaça à fruticultura e à segurança fitossanitária, além de poder gerar restrições ao agronegócio brasileiro.
Além disso, o Mapa instituiu uma zona tampão em municípios vizinhos para conter o avanço da praga e evitar a sua disseminação para outras regiões do estado.
Monitoramento e medidas adotadas
Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária, equipes da Secretaria de Defesa Agropecuária identificaram espécimes suspeitos da mosca-da-carambola durante monitoramento de rotina.
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A detecção ocorreu no dia 2 de dezembro, em uma armadilha instalada na área metropolitana de Rio Preto da Eva. Em seguida, a equipe encaminhou a amostra ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuária, em Goiânia (GO), para análise.
Mesmo antes da confirmação laboratorial, o Mapa adotou de forma imediata as medidas fitossanitárias previstas na Portaria SDA nº 776/2025 e no respectivo manual de procedimentos.
A mosca-da-carambola é uma praga quarentenária já presente no Brasil. Até então, a ocorrência se restringia aos estados de Roraima e Amapá e a um município do Pará, na divisa com o Amapá.
O inseto ataca principalmente a carambola, mas também culturas como manga, goiaba, acerola, tomate, mamão, pimenta, jambo, caju e laranja.
