
A Embrapa informou, nesta terça-feira (8), através de um estudo conduzido por cientistas brasileiros, que bactérias presentes em rios da Amazônia podem ser eficazes no controle do agente biológico Ralstonia solanacearum, que causa a murcha bacteriana no tomate.
De acordo com a entidade, os resultados são promissores para o desenvolvimento de soluções eficazes para reduzir os casos da doença, que é uma das maiores ameaças à cultura do tomate no estado. O estudo foi coordenado pelo pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental, Gilvan Ferreira da Silva.
A pesquisa mostrou que as bactérias Priestia aryabhattai RN 11, o Streptomyces sp. RN 24 e o Kitasatospora sp. SOL 195, isoladas dos rios Solimões e Negro, demonstram uma notável capacidade de inibir o avanço da Ralstonia solanacearum em 100%, 87,6% e 100%, respectivamente.
Entre as bactérias, o maior destaque é do microorganismo isolado P. aryabhattai RN 11, que foi eficaz na supressão do fitopatógeno no solo, reduzindo a incidência da murcha bacteriana e promovendo o crescimento das plantas de tomate sob várias condições climáticas.
Além de buscar um melhor rendimento na produtividade do tomate, o foco da pesquisa também pode resolver as complicações geradas pelo agente biológico em outras culturas. “A Ralstonia solanacearum é uma bactéria de solo que ataca dezenas de outras espécies vegetais como a batata, o pimentão, a pimenta, a berinjela, a banana, o amendoim, o feijão e a soja”, lembra o pesquisador Gilvan Ferreira.