
O Projeto Cafeicultura Sustentável, desenvolvido pelo Governo do Espírito Santo, por meio da Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag/ES) e do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), iniciou a certificação de propriedades rurais que produzam café arábica respeitando práticas de ASG.
Foram certificadas 33 propriedades de café arábica, todas do município. Destas, seis alcançaram nível 5, a pontuação mais alta, acima de 90 pontos, e 27 atingiram nível 4, com notas entre 81 e 90. O desempenho reflete o cumprimento de 39 indicadores de sustentabilidade, que envolvem manejo integrado de pragas, análise de solo e folhas, uso racional da água, proteção de nascentes, regularização ambiental e conformidade com normas de desmatamento zero (EUDR).
A primeira entrega de certificados ocorreu em Brejetuba (ES), durante a 1ª Feira do Agronegócio e o 18º Encontro de Cafeicultores, reunindo produtores que se destacam na adoção de práticas ambientais, sociais e produtivas alinhadas a padrões internacionais.
Criado para aumentar produtividade, qualidade e sustentabilidade, o Projeto Cafeicultura Sustentável conta com R$ 4,9 milhões em investimentos do Governo do Espírito Santo e integra o Programa Inovagro. A meta é atender 8 mil propriedades até 2027; atualmente, cerca de 6 mil produtores já participam em diferentes fases de adequação. Os diagnósticos e planos de ação são elaborados pelos técnicos do Incaper, que acompanham as propriedades de forma contínua.
A maior nota desta etapa foi obtida pela produtora Maira Zulcom Meneguetti Venâncio, do Sítio Rancho Dantas, com 96,79 pontos. Ela relata que o projeto acelerou melhorias como instalação de fossa séptica, proteção de nascentes e uso de despolpador. Maira também planeja incluir um selo com a nota de sustentabilidade na embalagem do café para agregar valor e reforçar a identidade do produto.
A certificação será concedida a propriedades que atingirem nota mínima de 60, classificadas como nível 3. Segundo o coordenador do projeto, Fabiano Tristão, o reconhecimento fortalece a imagem do café arábica capixaba e amplia o acesso a mercados que exigem rastreabilidade e responsabilidade socioambiental.