Ajuda ao produtor

Câmara aprova 45% de compra da agricultura familiar pelo PNAE

Nova lei amplia para 45% o mínimo de compra de alimentos da agricultura familiar para a merenda escolar a partir de 2026

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Foto: Assessoria de Imprensa/Governo do Piauí
Foto: Assessoria de Imprensa/Governo do Piauí

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (9) o projeto de lei que aumenta de 30% para 45% o valor mínimo dos recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) que deve ser destinado à compra de alimentos da agricultura familiar.

O PL 2205/22 (antigo PL 4161/15), já aprovado pelo Senado, segue agora para sanção presidencial. A nova regra entra em vigor a partir de 1º de janeiro de 2026.

O que muda com a nova lei do PNAE

A principal alteração é o aumento do percentual de compra mínima da agricultura familiar, passando de 30% para 45%.

Isso significa mais oportunidades para pequenos produtores e mais alimentos frescos e saudáveis na merenda escolar de milhões de estudantes brasileiros.

Além disso, o texto inclui outras mudanças:

  • Validade dos produtos: alimentos adquiridos devem ter validade igual ou superior à metade do tempo entre fabricação e vencimento, exceto os produtos in natura;
  • Controle da qualidade: os conselhos de alimentação escolar devem garantir variabilidade dos itens e fiscalizar o cumprimento das regras de validade.

Impacto para a agricultura familiar e escolas públicas

Segundo o relator do projeto, deputado Florentino Neto (PT-PI), a medida representa um avanço significativo na qualidade da alimentação escolar e no fortalecimento da produção familiar rural.

“Há capacidade instalada e oferta suficiente de produtos da agricultura familiar para atender a esse novo patamar de participação”, afirmou.

Hoje, mais de 230 mil famílias produzem alimentos no modelo da agricultura familiar em estados como Pernambuco, Bahia, Minas Gerais e Paraná, sendo responsáveis por mais de 70% dos alimentos consumidos no Brasil.

Com a nova lei, o PNAE se torna ainda mais um motor de desenvolvimento regional e segurança alimentar nas escolas públicas, além de estimular a economia local e práticas agroecológicas.

Qual o próximo passo?

O projeto aguarda a sanção do Presidente da República e a expectativa é de que Estados e municípios iniciem a adaptação das políticas públicas locais para cumprimento da nova regra a partir de janeiro de 2026.