
Produtores de sementes de cebola de Candiota e Hulha Negra, no Sul do Rio Grande do Sul, iniciam a colheita com lavouras em maturação e bom potencial produtivo, segundo a Emater/RS-Ascar. Com a previsão de chuvas intensas no período do Natal, parte dos agricultores avalia antecipar a retirada das áreas mais adiantadas para reduzir riscos, diante do alto valor agregado do produto, comercializado em torno de R$ 120 por quilo.
O manejo de doenças é o principal desafio da safra. O excesso de chuvas registrado em agosto e setembro favoreceu a ocorrência de míldio e levou os produtores a intensificar as pulverizações com fungicidas para preservar o potencial produtivo.
Safra avança em outras regiões do estado
Em Nova Roma do Sul, na região de Caxias do Sul, a colheita da cebola foi intensificada nos últimos dias e entra na fase final. Apesar do atraso no ciclo, causado pelo transplante tardio das mudas e por temperaturas mais baixas, o produto colhido apresenta boa qualidade.
Na região de Soledade, a oferta de hortigranjeiros permanece estável. Agricultores que utilizam telas de sombreamento relatam melhores resultados, enquanto culturas de clima ameno, como folhosas e brássicas, enfrentam restrições devido ao calor. O manejo adequado de irrigação e sanidade tem ajudado a manter a qualidade dos produtos.
Em Passo Fundo, a boa umidade do solo favorece os cultivos de olerícolas, especialmente brássicas como brócolis, couve e repolho. As condições climáticas também beneficiam os transplantes de tomate, com preços em torno de R$ 10 por quilo. A batata-inglesa safrinha apresenta bom desenvolvimento, com colheita prevista para as próximas semanas.
Na região de Santa Rosa, seguem as colheitas de folhosas mais tolerantes ao calor, como couve, almeirão e temperos. O tomate mantém bom desempenho a campo e em ambiente protegido, enquanto abóbora e moranga estão em fase de formação de frutos. Em Cândido Godói, produtores relatam perdas de qualidade em algumas olerícolas devido ao calor intenso.
A colheita do alho avança em Caxias do Sul, com expectativa de conclusão nos próximos dias. Os bulbos seguem em processo de cura e apresentam boa qualidade. No Vale do Taquari, o feijão-de-vagem registrou perdas estimadas em cerca de 10% por causa das altas temperaturas, enquanto rúcula e tomate apresentam desenvolvimento satisfatório, apesar de ocorrências pontuais de pragas em áreas protegidas.