Inovação

Embrapa desenvolve inoculante com bactéria para ser usada como insumo natural

Hydratus foi formulado para proteção de plantas em condição de escassez hídrica

A Embrapa Milho e Sorgo (MG) desenvolveu um inoculante a partir de uma bactéria isolada de solos áridos do Ceará, com objetivo de ser usado como insumo natural para proteger as plantas em condições de escassez hídrica e ainda estimular seu crescimento
Foto: Sandra Brito/Embrapa

A Embrapa Milho e Sorgo (MG) desenvolveu um inoculante a partir de uma bactéria isolada dos solos áridos do Ceará, com objetivo de ser usado como insumo natural para proteger as plantas em condições de escassez hídrica e ainda estimular seu crescimento. 

Batizado de Hydratus, o projeto foi feito em parceria com a empresa Bioma e já conta com registro no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para uso na soja, além de ser testado para aplicação em outras culturas.

O inoculante é produzido com a bactéria Bacillus subtilis, e é capaz de melhorar o rendimento de lavouras irrigadas. Pesquisas feitas em áreas comerciais tratadas com o produto apontaram o aumento de até 7,7 sacas por hectare na produção de milho e 4,8 sacas por hectare na safra de soja.

De acordo com a Embrapa, o diferencial do Hydratus está na seleção e concentração elevada de células de Bacillus, que foram unidas a uma formulação de agentes protetores que favorecem a sobrevivência da bactéria no solo e prolongam a meia-vida do produto na prateleira.

O lançamento oficial do Hydratus será no dia 5 de agosto, durante o Congresso Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários (Andav), que será realizado no Transamérica ExpoCenter, em São Paulo (SP). O evento ocorre entre os dias 5 a 7 de agosto e terá a presença de especialistas e autoridades no setor.

“Essa tecnologia chega como um grande suporte para os agricultores que lidam com os desafios crescentes das mudanças climáticas. Com um olhar atento ao estresse hídrico, uma realidade que impacta cada vez mais as lavouras, essa inovação promete otimizar a produtividade e tornar a agricultura ainda mais sustentável”, afirma o chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia em exercício da Embrapa Milho e Sorgo, Alexandre Ferreira da Silva.