Café

Espírito Santo inicia colheita do café arábica da safra 2025

Evento técnico marca início da safra de café arábica 2025 no Espírito Santo, com foco em produtividade do café e inovação

A imagem ilustra o início da colheita de café arábica no Espírito Santo
Foto: 1500m Coffee/Pexels

O Espírito Santo deu início nesta quinta-feira (22) à colheita do café arábica da safra 2025. Terceiro maior produtor nacional, o estado celebrou o início da colheita em um evento técnico realizado em Venda Nova do Imigrante, nas montanhas capixabas.

Organizado pela Secretaria da Agricultura (Seag), pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) e pela Prefeitura de Venda Nova do Imigrante, o encontro reuniu produtores, técnicos, pesquisadores e autoridades para discutir o cenário atual da cafeicultura capixaba e os avanços do setor.

Para o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli, o início da safra representa um momento de expectativa e otimismo. “A abertura da safra de café arábica é sempre um marco para o nosso Estado. Nosso compromisso é continuar apoiando os agricultores, promovendo inovação no campo e fortalecendo a presença dos cafés especiais capixabas no Brasil e no mundo”, disse.

Segundo estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção de café arábica no Espírito Santo deve alcançar aproximadamente 3,3 milhões de sacas de 60 quilos em 2025. A área cultivada é de cerca de 121,6 mil hectares, com produtividade média prevista de 27,1 sacas por hectare.

Durante o evento, o diretor-geral do Incaper, Alessandro Broedel, ressaltou que a ciência é fundamental para o fortalecimento da cafeicultura de arábica. Ele anunciou a validação de novas cultivares desenvolvidas ao longo de seis anos de pesquisa. “São plantas mais produtivas e com maior estabilidade de produção, o que representa uma resposta concreta da ciência ao desafio da bienalidade na cafeicultura, que alterna ciclos de baixa e alta produção, afetando principalmente o arábica. É um passo histórico que demos para fortalecer a sustentabilidade e a competitividade do setor”, afirmou.

A programação também incluiu a palestra “O que precisamos fazer para ter sucesso com a cafeicultura irrigada?”, conduzida pelo extensionista do Incaper, Caio Louzada Martins. A irrigação, ainda pouco adotada nas lavouras de arábica no Espírito Santo, foi apontada como ferramenta estratégica para garantir estabilidade na produção e adaptação às mudanças climáticas. Foram apresentados os impactos positivos dessa prática e as tecnologias que permitem o uso sustentável da água no campo.