As exportações brasileiras de tabaco devem ultrapassar a marca de US$ 3 bilhões em 2025, mostra projeção do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), divulgada nesta segunda-feira (28).
No primeiro trimestre deste ano, o Brasil embarcou 104 mil toneladas de tabaco, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/MDIC). O volume representa uma leve queda de 1,78% no volume em relação ao mesmo período de 2024. No entanto, o valor comercializado teve alta de 12,85%, atingindo US$ 744 milhões.
“A preferência dos clientes internacionais pelo tabaco brasileiro é resultado direto da qualidade e integridade do produto, que são garantidas pelo Sistema Integrado de Produção de Tabaco (SIPT)”, afirma Valmor Thesing, presidente do SindiTabaco. “A integração favorece a rastreabilidade, o atendimento às exigências internacionais e a sustentabilidade da cadeia produtiva”, completa.
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Desempenho em 2024
Em 2024, o Brasil exportou 455 mil toneladas de tabaco para 113 países, gerando US$ 2,977 bilhões em receita – um montante bem acima da média histórica da última década (US$ 2 bilhões). O desempenho confirma a competitividade do Brasil em um mercado global altamente regulado e exigente.
Além das divisas, a cadeia produtiva do tabaco tem impacto direto sobre a geração de emprego, renda e arrecadação fiscal. No ano passado, o setor tabagista gerou cerca de R$ 12 bilhões em receita para os produtores rurais e R$ 17 bilhões em tributos pagos ao governo brasileiro.
Relevância do tabaco para a economia regional
O tabaco segue entre os principais motores da economia em estados produtores, especialmente no Rio Grande do Sul, o maior exportador nacional. Em 2024, foram gerados US$ 2,7 bilhões em vendas externas ao estado gaúcho. Na ocasião, o tabaco foi o segundo produto da pauta de exportações, representando 12,55% do total, atrás apenas da soja.
