A Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca do Pará (Sedap) trabalha na criação de um programa de sementes melhoradas de feijão-de-corda no estado
Foto: Ronaldo Rosa/Embrapa

As exportações brasileiras de feijões atingiram novos recordes, tanto no resultado mensal quanto no acumulado de 12 meses, destaca o novo boletim semanal do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/USP), publicado nesta segunda-feira (13).

Segundo pesquisadores do centro, Mato Grosso se consolida como o principal fornecedor do produto exportado, com destaque para variedades diferentes das consumidas no mercado brasileiro.

“Assim, o avanço das exportações não tem afetado de forma direta a oferta e os preços dos feijões carioca e preto negociados no mercado interno”, explica o Cepea-Esalq/USP. 

De acordo com dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) e analisados pelo centro de pesquisas, o Brasil embarcou 85,4 mil toneladas de feijões no mês passado, o maior volume mensal já registrado.

No acumulado de 2025 – de janeiro a setembro –, as exportações somam 361,9 mil toneladas, já superando o total escoado em todo o ano de 2024 (343,6 mil toneladas). No acumulado de 12 meses, o volume atinge 488,4 mil toneladas, também recorde histórico. 

No mercado de feijão carioca, a liquidez esteve baixa ao longo da semana passada em praticamente todas as regiões acompanhadas pelo Cepea-Esalq/USP – como consequência, o interesse de compra foi menor, e os preços se enfraqueceram.

No caso do feijão preto, a pressão sobre os valores veio da qualidade inferior dos lotes e da menor demanda. Para o feijão preto do tipo 1, pesquisadores do Cepea-Esalq/USP indicam que, após a forte valorização observada em setembro, o mercado apresentou ajustes negativos moderados na semana passada, com reposição mais lenta e demanda estabilizada