As exportações brasileiras de suco de laranja na parcial da atual safra 2025/26 – de julho a setembro deste ano – registram desempenho aquém do observado no mesmo período da temporada passada, destaca o novo boletim semanal do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/USP), publicado nesta sexta-feira (17).
De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o volume de suco embarcado no referido período totalizou 199,7 mil toneladas em equivalente concentrado, queda de 4% frente a igual intervalo da temporada anterior. A receita recuou 15%, para US$ 751,3 milhões.
Segundo pesquisadores do Cepea-Esalq/USP, a retração no montante recebido por exportadores reflete o enfraquecimento dos preços internacionais, diante da ampliação da oferta global e do comportamento mais cauteloso de compradores, sobretudo os europeus.
“O destaque do início da safra foi a mudança na composição dos destinos. Pela primeira vez em vários anos, os embarques aos Estados Unidos e à União Europeia se igualaram, com aproximadamente 48% de participação cada (em volume)”, aponta o centro de pesquisas.
O avanço de 13% nas vendas ao mercado norte-americano, mesmo com a manutenção da tarifa residual de 10%, evidencia a elevada dependência dos Estados Unidos do suco brasileiro.
Já a União Europeia, tradicional principal destino, mostrou retração de 8%, influenciada pela redução da demanda após os altos preços e problemas de qualidade observados na safra anterior.