Saiba como a silvicultura tem transformado o agronegócio brasileiro ao aliar produtividade, sequestro de carbono e sustentabilidade ambiental
Foto: Pexels

A Bahia e o Pará reforçaram a cooperação em práticas agrícolas sustentáveis por meio de um curso realizado em Santa Bárbara (BA), entre 25 e 27 de setembro. A iniciativa reuniu 30 engenheiros paraenses e foi conduzida pela Secretaria da Agricultura da Bahia (Seagri), em parceria com o Governo do Pará e a Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa).

O treinamento destacou os sistemas agroflorestais como alternativa à monocultura, com foco na proteção de nascentes, manejo integrado de culturas e recuperação de áreas degradadas. Também foram apresentadas técnicas para o uso eficiente da irrigação e estratégias de conservação ambiental.

Entre os exemplos discutidos, a mandioca foi citada como cultivo que se beneficia do equilíbrio dos sistemas agroflorestais, resistindo a pragas e doenças sem necessidade de insumos químicos. O conceito de trofobiose foi associado à prática, explicando que plantas bem nutridas tornam-se menos suscetíveis a enfermidades.

Para o diretor de Desenvolvimento Agrícola da Seagri, Assis Pinheiro Filho, o encontro funcionou como intercâmbio de soluções. Ele destacou que o modelo amazônico, que integra culturas como açaí e cacau a espécies nativas, pode inspirar o semiárido baiano.

Já o engenheiro-agrônomo Paulo Sérgio Ramos ressaltou a complementaridade entre os dois estados: enquanto a Bahia mostrou como a conservação de nascentes fortalece os sistemas produtivos, o Pará apresentou técnicas de manejo adaptadas a regiões de alta pluviosidade.

O curso consolidou a troca de experiências entre as duas regiões, reforçando a busca por práticas agroflorestais resilientes e sustentáveis. Saiba mais sobre a importância das agroflorestas na vida do pequeno produtor.