Fonte: CNA (Tony Oliveira)
Fonte: CNA (Tony Oliveira)

O Governo Federal anunciou, nesta terça-feira (15), um investimento de R$ 2,2 milhões e a criação de uma força-tarefa para combater pragas, como a vassoura-de-bruxa, de mandioca no estado do Amapá.

De acordo com o governo, metade do território amapaense está em estado de emergência devido à infestação da vassoura-de-bruxa, doença fúngica que ameaça a base alimentar e econômica de comunidades rurais e indígenas.

Segundo a Secretaria de Proteção e Defesa Civil, os municípios mais afetados são: Amapá, Calçoene, Cutias, Oiapoque, Pedra Branca do Amapari, Porto Grande, Pracuúba e Tartarugalzinho. A praga atinge a mandioca, principal cultura de subsistência e renda das famílias rurais e indígenas da região.

Força-tarefa reúne três ministérios e órgãos estaduais

A ação emergencial é coordenada pelo ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e pelo ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Carlos Fávaro, com apoio do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). O objetivo é unir esforços de controle sanitário, financiamento agrícola e assistência técnica aos produtores atingidos.

A Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária do Estado do Amapá (DIAGRO) também integra a força-tarefa. O órgão vai atuar diretamente no monitoramento da praga e na orientação aos agricultores sobre o manejo correto da mandioca.

A vassoura-de-bruxa, causada por um fungo, provoca crescimento anormal de brotos e deformações nos galhos, deixando as plantas com aparência semelhante a uma vassoura seca.

Medidas para garantir a produção e a renda

Entre as ações anunciadas estão o cultivo e distribuição de mudas de mandioca sadias, para assegurar a segurança alimentar e evitar novas contaminações. A Embrapa também vai receber recursos para pesquisas de variedades tolerantes à praga, visando fortalecer o plantio nas regiões mais afetadas e dar suporte a agricultura familiar.

Outra medida imediata é a flexibilização na comercialização da mandioca-mansa (macaxeira). De acordo com o ministro Carlos Fávaro, os produtores poderão vender diretamente ao consumidor, desde que a mandioca seja descascada, cortada e embalada ainda na propriedade rural — medida que reduz o risco de propagação da doença.

Casas de farinha móveis para a comunidades

O Ministério do Desenvolvimento Regional também destinou verbas para a aquisição de casas de farinha móveis, estruturas que serão levadas às comunidades agrícolas e indígenas.

Essas unidades permitem que a produção de farinha, tapioca e outros derivados seja feita em ambientes controlados, diminuindo o risco de contaminação pela vassoura-de-bruxa e garantindo renda aos produtores locais.