O Governo de Sergipe, por meio da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), tem reforçado as ações de prevenção e combate à Sigatoka Negra, uma doença fúngica altamente agressiva que afeta a cultura da banana. O foco está no monitoramento constante, controle técnico e orientação direta aos produtores rurais.
Causada pelo fungo Pseudocercospora fijiensis, a Sigatoka Negra atinge as folhas da bananeira. Ao atingir os frutos, reduz a capacidade fotossintética da planta, o que compromete a produtividade e acelera o amadurecimento deles. Introduzida no Brasil em 1998, a doença já está presente em mais de 20 estados e representa uma ameaça significativa ao agronegócio.
Segundo Aparecida Andrade, diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, o estado tem adotado medidas técnicas embasadas no plano estadual de contingência. “Estamos em constante monitoramento, com ações educativas e estratégias de controle. A erradicação do foco em Indiaroba demonstrou a agilidade e a eficiência da nossa equipe”, afirma.
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As ações incluem capacitações técnicas, campanhas de educação sanitária com foco em práticas de manejo sustentável, e incentivo ao uso de mudas certificadas. Técnicos da Emdagro estão sendo treinados para orientar produtores sobre o uso de variedades resistentes, nutrição equilibrada das plantas e condução adequada das lavouras.
Além disso, está sendo realizado um levantamento fitossanitário contínuo nas principais regiões produtoras, como Neópolis, Santana do São Francisco e Japoatã — responsáveis pela maior parte da produção de banana em Sergipe.
Com uma área colhida de aproximadamente 2 mil hectares e uma produção anual estimada em mais de 28 mil toneladas (IBGE/2023), a bananicultura é uma das atividades agrícolas de maior relevância econômica e social no estado.
