O Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf) intensificou o monitoramento para evitar a entrada e a disseminação da mosca-da-carambola no estado. A praga quarentenária está presente no Brasil desde 1996 e já foi identificada nos estados do Amapá, Pará e Roraima.
Foto: Flávio Daniel/Idaf

O Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf) intensificou o monitoramento para evitar a entrada e a disseminação da mosca-da-carambola no estado. A praga quarentenária está presente no Brasil desde 1996 e já foi identificada nos estados do Amapá, Pará e Roraima.

Ações de monitoramento e fiscalização

O monitoramento ocorre em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e envolve a instalação de armadilhas em áreas rurais e urbanas. Locais com maior circulação de pessoas, como portos, aeroportos e regiões de fronteira, recebem atenção especial. Além disso, há fiscalização do transporte de frutos hospedeiros, principal meio de disseminação da praga.

Em dezembro, o Mapa registrou a detecção de espécimes suspeitas da praga quarentenária no estado do Amazonas, que estão sob análise em laboratório oficial.

Reforço das medidas preventivas no Acre

Apesar de não haver registros da praga no Acre, o Idaf reforçou as ações preventivas devido à proximidade com o Amazonas. O instituto realiza o monitoramento por meio de armadilhas do tipo Jackson, que utilizam feromônio específico para capturar machos.

As armadilhas passam por vistorias regulares, em intervalos médios de 14 a 16 dias, conforme orientação do Mapa. Até o momento, não houve identificação de insetos suspeitos no estado.

Estrutura de vigilância e riscos econômicos

Atualmente, o Acre conta com 40 armadilhas distribuídas em cinco regionais. Ao longo de 2025, o Idaf já realizou mais de 500 monitoramentos e prevê alcançar cerca de 700 ações até o fim do ano.

A mosca-da-carambola possui mais de 40 espécies de frutos hospedeiros, entre eles carambola, manga, goiaba, jambo, acerola, pimenta-de-cheiro, caju, tomate e jaca. A introdução da praga pode causar prejuízos significativos à cadeia produtiva, além de gerar barreiras sanitárias e restrições ao comércio interestadual e internacional.