
A citricultura em Mato Grosso do Sul gerou R$ 2,4 bilhões, em investimentos estimados na cultura, em cerca 35 mil hectares de projetos prospectados, segundo informações da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc). A produção de citros tem sido uma das principais apostas de mercado do agronegócio sul-mato-grossense.
Atualmente, o estado já contabiliza mais de 7 milhões de mudas de laranja implantadas e trabalha com a meta de alcançar 50 mil hectares de pomares formados até 2030, ampliando significativamente sua participação na produção nacional de citros.
Embora ainda não figure entre os maiores produtores do país o Mato Grosso do Sul apresenta crescimento consistente da citricultura, sustentado por disponibilidade de terras, clima favorável, logística estratégica e segurança jurídica. Os maiores estados produtores de citricultura são São Paulo, responsável por cerca de 78% da produção brasileira, seguido por Minas Gerais, Paraná e Bahia.
Grupos empresariais investem na cultura
Nos últimos anos, grupos citrícolas nacionais passaram a direcionar investimentos robustos para a região. Um dos principais exemplos é a Cutrale, que já possui grande parte de seus 5 mil hectares plantados em Sidrolândia e projeta atingir até 8 milhões de caixas por safra quando os pomares estiverem em plena produção.
Além da Cutrale, empresas como Cambuy, Frucamp, Agro Terena, Citrosuco e Grupo Junqueira Rodas, além de produtores independentes, vêm apostando no potencial da citricultura sul-mato-grossense.
A empresária Sarita Junqueira Rodas, do Grupo Junqueira Rodas, que iniciou o plantio em abril de 2024, também aponta um ambiente favorável aos investimentos. “O Estado tem colaborado de forma decisiva para que os projetos sejam estruturados desde o início, evitando problemas enfrentados em outras regiões”, afirmou.
Segundo ela, os principais desafios estão ligados à energia e mão de obra, mas a formação de profissionais já está em andamento, com destaque para a participação feminina no campo. “Estamos treinando pessoas do zero, inclusive mulheres que hoje atuam como tratoristas”, completou.