No alto sertão de Sergipe, uma cultura típica de clima frio tem prosperado com sucesso graças ao uso estratégico da irrigação e da assistência técnica: o repolho.
Em 2024, agricultores dos perímetros irrigados estaduais de Califórnia (Canindé de São Francisco), Piauí (Lagarto) e Jacarecica I (Itabaiana) produziram quase 74 toneladas da hortaliça, mesmo em um ambiente caracterizado pela escassez de chuvas e altas temperaturas.
A iniciativa conta com o apoio da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), vinculada à Secretaria de Agricultura do Estado (Seagri), que oferece infraestrutura de irrigação, monitoramento climático e orientação técnica.
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Em Canindé, o plantio começou em abril, dependendo exclusivamente da irrigação, e se beneficiou do resfriamento gradual com a chegada das chuvas. Já em Lagarto, a safra começou em março e foi colhida em maio, com menor influência do frio.
Segundo o gerente do Perímetro Piauí, Gildo Almeida, mesmo em dias chuvosos, a irrigação é mantida conforme a necessidade da cultura, que exige maior disponibilidade hídrica. “A irrigação é ajustada com base nas informações diárias da estação meteorológica”, afirma.
Para o diretor de Irrigação da Coderse, Júlio Leite, o incentivo à diversificação das lavouras é fundamental para reduzir riscos de mercado e garantir estabilidade financeira aos agricultores.
