
Um projeto-piloto em fase de captação de recursos quer transformar a realidade de 63 agricultores familiares no Ceará por meio da adoção do cultivo protegido. Avaliada em aproximadamente R$ 15 milhões, a iniciativa prevê a instalação de estufas de alta tecnologia com tamanhos entre 800 m², 1.600 m² e 2.400 m², ajustadas às necessidades específicas de cada produtor.
O objetivo é ampliar a escala de produção e garantir alimentos de maior qualidade, com mínima ou nenhuma utilização de defensivos agrícolas, ao mesmo tempo, em que se oferece maior segurança diante das oscilações climáticas, especialmente durante o período chuvoso — quando culturas como alface e cebola sofrem perdas significativas.
A proposta foi discutida em reunião entre representantes da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce) e o secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado (SDE), Domingos Filho, realizada na última quarta-feira (23).
Segundo o presidente da Ematerce, Inácio Costa, a técnica do cultivo protegido já é bastante difundida na região da Serra da Ibiapaba, e o projeto visa expandi-la para outras áreas com grande potencial agrícola, como o Vale do Jaguaribe e o Cariri. “A meta é levar inovação e eficiência a produtores que já atuam com hortaliças e fruteiras, ampliando a escala de produção e agregando valor aos produtos”, disse.
Os 63 agricultores selecionados são das regiões do Cariri, Cariri Leste, Litoral Leste, Maciço de Baturité, Ibiapaba, Sertão Central, Zona Norte, Inhamuns, Baixo Jaguaribe e Médio Jaguaribe. A expectativa é que, com as estufas, esses produtores ganhem competitividade e contribuam para o fortalecimento da economia local.