O cinturão citrícola de São Paulo e do Triângulo/Sudoeste Mineiro, principal região produtora de laranja para suco do mundo, deverá colher 314,60 milhões de caixas (40,8 kg) da fruta na safra 2025/26, aponta o primeiro levantamento do Fundecitrus, divulgado nesta sexta-feira (9).
Se confirmada a projeção, representará um aumento 36,2% na comparação à temporada anterior, que fechou com 230,87 milhões de caixas produzidas, e de 4,8% em relação à média das dez últimas safras.
De acordo com o Fundecitrus, a perspectiva de uma safra maior é reflexo do elevado número de frutos por árvore – resultante do clima favorável à segunda florada e do melhor manejo dos pomares – e do aumento da quantidade de árvores produtivas no parque citrícola identificadas no novo censo.
Perfil da safra de citros
A primeira florada da safra 2025/26 foi prejudicada pelas altas temperaturas e escassez hídrica entre agosto e setembro de 2024, resultando em baixo pegamento de frutos, que representam apenas 20,7% da produção estimada.
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A recuperação ocorreu com chuvas abundantes e bem distribuídas entre outubro e dezembro, que favoreceram uma segunda florada intensa. As chuvas de janeiro e fevereiro de 2025 foram essenciais para o bom desenvolvimento dos frutos dessa florada, que corresponde a 70% da estimativa total.
Com a melhora na rentabilidade da atividade, os citricultores intensificaram os tratos culturais, especialmente na nutrição, irrigação e controle de pragas e doenças. Isso, somado às boas condições climáticas, resultou em alta carga de frutos por árvore (617 frutos, 30% a mais que na safra anterior).
Se as previsões de chuva entre maio e julho de 2025 se confirmarem, o peso médio das laranjas no ponto de colheita será de 158 gramas (258 frutos por caixa), levemente abaixo da safra passada (159 g/fruto e 256 frutos/caixa). A produtividade estimada é de 869 caixas por hectare (1,72 por árvore), superando a da safra anterior (687 caixas/ha e 1,37 por árvore).
Queda de frutos
A taxa de queda de frutos prevista é de 20%, um aumento de 2,2 pontos percentuais em relação à safra passada, atribuído à maior incidência de greening e ao atraso na colheita, decorrente da predominância da segunda florada.
