Nesta quinta-feira (10), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou seu relatório mensal, atualizando sua projeção para a safra 2024/25 de cereais, leguminosas e oleaginosas do Brasil.
De acordo com a entidade, produtores deverão colher neste ciclo 327,6 milhões de toneladas, aumento de 11,9% ante a temporada anterior, quando foram colhidas 292,7 milhões de toneladas (+34,9 milhões de toneladas). O volume também é 1,2% superior ao projetado em fevereiro.
Área a ser colhida
Esse montante deverá ser colhido em 81,0 milhões de hectares, acréscimo de 2,5% frente à área em 2024 e de 0,1% em relação a estimativa de fevereiro.
O arroz, o milho e a soja são os três principais produtos deste grupo, que, somados, representam 92,6% da estimativa da produção e respondem por 87,7% da área a ser colhida.
Produção por produto
A soja deve responder mais da metade da oferta brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas em 2024/25. A estimativa do IBGE de março para a produção de soja foi de 164,3 milhões de toneladas, volume relativamente menor do que o projetado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos e pela DATAGRO Grãos, que convergem para 169 milhões de toneladas.
De acordo com levantamento da consultoria realizado até a última sexta-feira (4), a nível nacional, a colheita da oleaginosa chegou a 87,1% da área projetada, após um avanço semanal de 4,1 pontos percentuais.
Quanto ao milho, a estimativa do IBGE está em 127,3 milhões de toneladas, sendo 25,5 milhões de toneladas na 1ª safra e 101,8 milhões de toneladas na 2ª safra.
A produção do arroz (em casca) foi estimada em 11,9 milhões de toneladas; a do trigo em 8,1 milhões de toneladas; a do algodão herbáceo (em caroço) em 9,1 milhões de toneladas; e a do sorgo em 4,1 milhões de toneladas.
Produção por região
A estimativa da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresentou variação anual positiva para as Regiões Centro-Oeste (14,5%), Sul (8,5%), Sudeste (13,6%), Nordeste (10,4%) e Norte (6,4%).
Quanto à variação mensal, apresentaram aumentos na produção a Região Norte (2,8%), a Nordeste (0,2%), a Sudeste (1,3%) e a Centro-Oeste (3,4%), enquanto a Sul (-2,9%) apresentou declínio.
Mato Grosso lidera como o maior produtor nacional de grãos, com participação de 30,9%, seguido pelo Paraná (13,7%), Goiás (11,7%), Rio Grande do Sul (10,1%), Mato Grosso do Sul (7,6%) e Minas Gerais (5,6%), que, somados, representaram 79,6% do total.
Com relação às participações regionais, tem-se a seguinte distribuição: Centro-Oeste (50,5%), Sul (25,9%), Sudeste (9,0%), Nordeste (8,7%) e Norte (5,9%).