
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) projetou, em relatório publicado nesta quinta-feira (11), que a safra 2025 deve atingir 345,9 milhões de toneladas, alta de 18,2% em relação a 2024. Por outro lado, para 2026, a entidade estima uma queda para 335,7 mi de toneladas.
Os principais destaques deste ano são o milho, soja e arroz, que seguem como pilares da expansão agrícola e representam, somados, 95,2% da estimativa da safra.
O milho apresenta o maior crescimento entre as grandes culturas, com estimativa de 141,6 milhões de toneladas em 2025, alta de 23,5% sobre 2024. A 2ª safra, que deve somar 115,9 mi de toneladas, responde pela maior parte do avanço, beneficiada pelo bom regime de chuvas. Já para 2026, o IBGE prevê recuo de 6,8%, com impacto concentrado na 2ª safra.
A soja deve alcançar 166,0 milhões de toneladas em 2025, novo recorde da série histórica, com aumento de 14,5% frente ao ano anterior. A expansão é resultado das condições climáticas favoráveis e do incremento de área. Mato Grosso segue na liderança, com 50,2 milhões de toneladas, seguido de Paraná (21,4 milhões) e Goiás (20,2 milhões).
O arroz também registra aumento expressivo, com alta de 18,8% em 2025 e produção estimada em 12,6 milhões de toneladas. Para 2026, o cenário se inverte e o grão deve cair 8%, resultado de uma redução prevista no rendimento e na área colhida.
Outro destaque é o sorgo, que deve crescer 35,4% em 2025, alcançando 5,4 milhões de toneladas. O Piauí tem o maior salto regional, com aumento de 229,6% em relação a outubro e avanço de 147,2% sobre 2024. Para 2026, entretanto, a estimativa é de retração de 14,6%.
No caso do algodão, a produção estimada para 2025 é de 9,9 milhões de toneladas, aumento de 11,5% diante do ano anterior. O Brasil deve registrar mais um recorde da série histórica, com Mato Grosso responsável por 72,6% do total. Em 2026, a previsão indica queda de 11,6%.
Para além das culturas principais, o IBGE aponta crescimento da área total colhida em 2025, que deve chegar a 81,5 milhões de hectares, alta de 3,1% sobre 2024. Em 2026, a redução da produção nacional reflete ajustes nas principais cadeias, mas mantém o país entre os maiores produtores de grãos do mundo. Para mais detalhes, confira o relatório do IBGE.