A decisão do governo dos Estados Unidos de isentar o suco de laranja brasileiro da tarifa adicional de 40%, prevista em ordem executiva publicada pela Casa Branca na última quarta-feira (30), trouxe alívio imediato e estratégico ao setor, avalia o novo boletim semanal do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/USP), publicado nesta sexta-feira (1º).
Segundo o centro de pesquisas, a medida, que mantém o produto sujeito à sobretaxa de 10% mais a tarifa fixa de US$ 415/t, pode ser atribuída à dependência estrutural do mercado norte-americano em relação ao suco de laranja importado do Brasil, conforme detalhado em reportagem do Broto, elaborada com base em dados da DATAGRO.
Para o Brasil, pesquisadores do Cepea-Esalq/USP afirmam que a isenção representa a preservação da competitividade em seu principal mercado externo e evita perdas de receita.
“Esse cenário deve proporcionar a retomada de novos contratos de venda de laranja fruta da safra 2025/26, trazendo mais clareza e liquidez ao mercado, que praticamente andou de lado nas últimas semanas“, projeta o Cepea.