Na última semana, o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) instituiu o Programa Nacional de Prevenção e Controle da Vassoura-de-Bruxa da Mandioca (PVBM), com o objetivo de combater o fungo Ceratobasidium theobromae (sinônimo Rhizoctonia theobromae), listado como praga quarentenária presente no Brasil.
Atualmente, a doença está restrita a seis municípios da região norte do estado do Amapá. Em janeiro de 2024, o Mapa já havia declarado estado de emergência fitossanitária diante do risco de disseminação para outras áreas produtoras.
Objetivos e ações do PVBM
O PVBM visa fortalecer a cadeia produtiva da mandioca por meio da definição de critérios e procedimentos para prevenção e controle da praga. As ações serão executadas em cooperação com os órgãos Estaduais ou Distrital de Defesa Sanitária Vegetal.
Como medida preventiva, está proibido o trânsito de plantas e partes de plantas hospedeiras da praga oriundas de áreas com ocorrência da doença. O Mapa esclarece que a vassoura-de-bruxa da mandioca não tem relação com a doença homônima do cacaueiro e não oferece risco à saúde humana, embora seja altamente prejudicial às lavouras.
Sintomas e forma de dispersão da doença
A doença foi detectada pela Embrapa Amapá em 2024, em plantios de mandioca nas terras indígenas de Oiapoque. Os sintomas incluem:
- Ramos secos e deformados;
- Nanismo;
- Brotação excessiva de caules finos;
- Clorose;
- Murcha e seca das folhas;
- Morte apical;
- Morte descendente das plantas.
- A dispersão do fungo pode ocorrer por meio de:
- Material vegetal infectado;
- Ferramentas de poda contaminadas;
- Movimentação de solo e água;
Esses fatores elevam o risco de infecção em novas áreas produtoras, reforçando a importância do monitoramento e das medidas de contenção estabelecidas pelo programa.