
Segundo levantamento realizado pela Kynetec para o FarmTrak Bioinsumos, o mercado brasileiro de bioinsumos quadruplicou desde 2020. Naquele ano, o setor movimentava cerca de R$ 1 bilhão; já na safra 2024/25, o valor chegou a R$ 4,35 bilhões. O montante representa quase 5% do mercado nacional de defensivos agrícolas, que movimenta aproximadamente R$ 100 bilhões por ano.
Para a pesquisa, a Kynetec realizou 13 mil entrevistas com produtores rurais em todo o país. Segundo Felipe Abelha, especialista em pesquisas da empresa, a área potencial tratada com bioinsumos atingiu 83,8 milhões de hectares na safra 2024/25. Em Mato Grosso e Goiás, os níveis de adoção já superam 50% da área cultivada.
De acordo com o pesquisador, o mercado cresceu 18% em relação ao ciclo anterior, impulsionado pelo lançamento de novas marcas e produtos biológicos.
Os bionematicidas continuam liderando entre os bioinsumos, representando 44% do total, o equivalente a R$ 1,92 bilhão, ante R$ 1,57 bilhão na safra 2023/24. Já os biofungicidas somaram 17% do mercado, com alta de 41% em relação ao período anterior, alcançando R$ 735 milhões.
Entre as culturas, os grãos são os principais consumidores de bioinsumos no país, com a soja na liderança (48%), seguida por milho (31%), cana-de-açúcar (12%), algodão (4%), café (3%) e hortifrútis (2%).