A produção brasileira de milho deve atingir 128,2 milhões de toneladas em 2025, segundo estimativa divulgada nesta quinta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O volume representa um aumento de 11,8% em relação a 2024 e de 0,7% frente à previsão do mês anterior. O resultado reflete a recuperação de áreas afetadas por problemas climáticos no último ciclo.
Safra de verão (1ª safra): 25,8 milhões de toneladas
A 1ª safra, que corresponde a cerca de 20% da produção total, está estimada em 25,8 milhões de toneladas, alta de 12,5% frente a 2024, apesar da queda de 2,1% na área plantada. O bom desempenho se deve ao aumento do rendimento médio, que subiu 16,3%, alcançando 5.834 kg/ha, impulsionado por condições climáticas favoráveis.
Destaques regionais da 1ª safra:
- Rio Grande do Sul: maior produtor, com 5,3 milhões de toneladas (+18%), mesmo com redução de 11% na área plantada.
- Minas Gerais: 4,4 milhões de toneladas (+5,1%).
- Crescimento regional: Norte (+20,1%), Sul (+19,6%), Nordeste (+10,2%), Sudeste (+3,7%), Centro-Oeste (+7,4%).
- Destaques positivos: Pará (+34,4%), Ceará (+26,7%), Tocantins (+11,3%), Paraná (+2,5%).
- Maiores quedas: Pernambuco (-79,4%), Paraíba (-17,1%) e Piauí (-12,9%).
Safrinha (2ª safra): 102,4 milhões de toneladas
Responsável por mais de 80% da colheita, a 2ª safra de milho deve alcançar 102,4 milhões de toneladas, alta de 11,6% frente a 2024 e de 0,7% em relação à previsão de março. A área colhida deve crescer 4,7% em relação ao ano anterior, e o rendimento médio sobe 6,6%.
Destaques da 2ª safra:
- Mato Grosso: maior produtor, com 47,1 milhões de toneladas (46% da produção total da safrinha), queda de 0,8% frente a 2024.
- Paraná: 16,2 milhões de toneladas (+29,1%), 2º maior produtor.
- Mato Grosso do Sul: 10,8 milhões de toneladas (+38,9%), após forte seca no ano anterior.
- Aumentos também em: Pará (+40,2%) e Piauí (+8,4%)