Com o foco voltado às atividades de campo envolvendo o plantio da temporada 2025/26, parte dos sojicultores brasileiros está afastada das negociações de lotes para entrega no mercado spot, aponta o novo boletim semanal do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/USP), publicado nesta segunda-feira (13).
Segundo o centro de pesquisas, esse comportamento elevou os valores domésticos da soja e sustentou os prêmios de exportação no Brasil na última semana.
Entre os vendedores nacionais, ganha força a expectativa de que a demanda da China por commodities brasileiras cresça neste último trimestre de 2025 como resultado das incertezas na relação comercial entre os Estados Unidos e o país asiático.
Do lado da demanda, indústrias esmagadoras de soja estão bastante ativas nas compras de soja, mas muitas já indicam ter dificuldades na aquisição de novos lotes no spot.
Preços do milho também em alta
Os preços do milho seguiram em alta na última semana, com o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (base Campinas – SP) voltando a operar na casa dos R$ 65/saca de 60 kg.
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De acordo com o novo boletim semanal do Cepea-Esalq/USP, o impulso veio da retração de vendedores e do aquecimento pontual da demanda.
“Vendedores estão atentos ao clima para a semeadura da safra verão. O retorno das chuvas nas regiões do Sul e sobretudo do Centro-Oeste traz certo alívio, mas também impede que as atividades de campo sejam realizadas com mais intensidade”, explica o centro de pesquisas.
“Além disso, as exportações brasileiras em setembro apresentaram bom ritmo, dando suporte aos preços nos portos e no interior do País”, acrescenta.
Do lado comprador, parte dos agentes volta a atuar no spot, no intuito de recompor os estoques, mas muitos ainda indicam possuir volumes para o curto prazo, o que, de certa forma, limita maiores valorizações.
