Tecnologia

Modelo computacional realiza controle de qualidade de tomates por cores

Pesquisa busca determinar o potencial de compra, considerando características como tonalidade, saturação e luminância

Modelo computacional realiza controle de qualidade de tomates por cores

Pesquisadores da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) desenvolveram um sistema de visão computacional baseado em aprendizado de máquina para aprimorar o controle de qualidade de tomates. O estudo, publicado na Revista Engenharia Agrícola em fevereiro, propõe uma tecnologia inovadora que classifica os frutos com base na cor, um dos principais critérios de escolha do consumidor.

Como funciona a análise computacional dos tomates?

A pesquisa envolveu a captura de imagens digitais dos tomates e a análise dos códigos RGB para identificar padrões de maturação. Os frutos foram categorizados em três grupos:

  • Imaturos (verde);
  • Em amadurecimento (mistos);
  • Maduros (predominantemente vermelhos).

A partir desses dados, foi desenvolvido um modelo de árvore decisória que determina o potencial de compra dos tomates, considerando aspectos como: tonalidade; saturação; e luminância.

Benefícios para produtores e agroindústria

A aplicação dessa tecnologia pode trazer benefícios diretos para pequenos produtores e comerciantes, permitindo uma classificação automatizada e não invasiva dos frutos. Entre as vantagens, destacam-se:

  • Redução de perdas na colheita;
  • Melhoria na comercialização dos produtos;
  • Aprimoramento da qualidade dos frutos ofertados ao consumidor;
  • Substituição de processos manuais e laboratoriais mais custosos na agroindústria e na pós-colheita.

Futuro da tecnologia: automação e deep learning

“O uso dessas tecnologias representa uma solução promissora para aprimorar a qualidade, eficiência e confiabilidade na produção de tomates e em outros setores agrícolas, impulsionando a inovação e o progresso na indústria. O uso de algoritmos de deep learning para a classificação dos frutos e o desenvolvimento de uma câmara seletora de frutos automatizada são alguns dos próximos passos”, afirmou o pesquisador Anderson Costa, autor do estudo.