Ciência no campo

IAC avança em estudo para clonagem de macaúbas superiores

Projeto envolve o uso de biotecnologia para a multiplicação in vitro da planta

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O Instituto Agronômico (IAC), de Campinas, avança em estudo para clonagem in vitro da macaúba, com objetivo de obter plantas superiores selecionadas da palmeira brasileira, através do uso de biotecnologia
Foto: IAC

O Instituto Agronômico (IAC), de Campinas (SP), avança em estudo para clonagem in vitro da macaúba, com objetivo de obter plantas superiores selecionadas da palmeira brasileira, através do uso de biotecnologia.

O objetivo do IAC é desenvolver um protocolo eficiente e reprodutível de clonagem de plantas capaz de gerar mudas idênticas à matriz, com alta qualidade e desempenho. O resultado deve viabilizar a fixação imediata de genes de interesse do setor, como os ligados à produção de óleo e resistentes a pragas e doenças.

O estudo para a clonagem de macaúbas superiores também vai permitir eliminar a variação genética indesejada, acelerar o lançamento das primeiras variedades da planta com alto valor e viabilizar a produção contínua e padronizar a escala de mudas, com disponibilidade imediata para o cultivo comercial. De acordo com o IAC, a expectativa é finalizar a pesquisa até 2028.

“O método adotado é chamado embriogênese somática, no qual células comuns da planta são induzidas a formar embriões que depois se desenvolvem em plantas completas, sem necessidade de sementes”, explica a pesquisadora do IAC e líder do projeto, Daniela de Argollo Marques.

A macaúba, variedade de palmeira brasileira, só se reproduz por sementes, que geram plantas com diferenças significativas entre si. Por isso, a produção atualmente registra baixa qualidade biológica e não acompanha a demanda do mercado. Os estudos para o melhoramento genético começaram em 2022.