Fruticultura

Parceria entre IDR-Paraná e UFPR busca aumentar a produtividade do maracujazeiro no estado

Técnica de enxertia com o maracujazinho-do-campo visa elevar a resistência das plantas e ampliar a produção

Parceria entre IDR-Paraná e UFPR explora novas estratégias para ampliar a produtividade do maracujazeiro-amarelo
Foto: IDR-PR

Uma parceria entre o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater (IDR-Paraná) e a Universidade Federal do Paraná (UFPR) está explorando novas estratégias para ampliar a produtividade do maracujazeiro-amarelo, também conhecido como maracujazeiro-azedo, por meio da enxertia com o maracujazinho-do-campo.

Segundo o professor Mauro Brasil, do Departamento de Fitotecnia e Fitossanidade da UFPR, o maracujazeiro-do-campo foi escolhido como porta-enxerto por sua rusticidade e elevada tolerância a fatores adversos. “Essa espécie nativa é extremamente vigorosa, resistente a estresses bióticos e abióticos, e apresenta uma característica incomum entre as passifloras: é caducifólio, ou seja, perde as folhas no inverno como forma de proteção contra o frio. As plantas-matrizes utilizadas para obtenção de sementes têm cerca de 20 anos e se mantêm viçosas sem qualquer manejo especial”, explica.

A copa utilizada no enxerto é a cultivar IPR Luz da Manhã, desenvolvida pelo próprio IDR-Paraná. Trata-se de uma variedade de maracujazeiro-azedo que apresenta boa produtividade e frutos de qualidade, mas que, como outras do mesmo grupo, é mais suscetível a doenças e variações climáticas. Em função disso, o cultivo da espécie tem se tornado anual, para mitigar a pressão sobre o sistema de produção.

As mudas foram produzidas na UFPR por meio da técnica de enxertia hipoticoledonar e plantadas em setembro de 2024 em duas unidades experimentais: uma na Estação de Pesquisa em Agroecologia (CPRA) do IDR-Paraná, em Pinhais, com manejo orgânico; e outra na Unidade de Pesquisa de Morretes, com manejo convencional.