
O Percevejo Manchador de Grãos (Neomegalotomus parvus) tem se tornado uma grande preocupação para os produtores de soja e feijão. De acordo com Daniel Ferreira, Pesquisador Técnico na Itaipu Parquetê, a alta incidência desse inseto representa uma séria ameaça à produtividade dessas culturas, exigindo atenção redobrada dos agricultores.
Como o percevejo danifica a produção?
O inseto se destaca por sua agilidade e rápida dispersão, facilitada por sua capacidade de voo veloz. O dano ocorre quando o percevejo insere seu aparelho bucal nas vagens para se alimentar dos grãos, comprometendo diretamente os tecidos das sementes. Os principais impactos são:
- Grãos chochos e enrugados, reduzindo o peso da produção;
- Prejuízo significativo na qualidade do grão, impactando o valor de mercado;
- Perdas econômicas expressivas para os produtores.
Riscos adicionais: mancha de levedura
Além dos danos físicos, o Neomegalotomus parvus pode atuar como vetor da mancha de levedura, uma doença fúngica causada pelo Nematospora corylii. Essa infecção compromete ainda mais a qualidade dos grãos de feijão, afetando sua viabilidade para safras futuras e reduzindo sua competitividade no mercado.
Estratégias de controle e manejo integrado
Para minimizar os danos causados pelo percevejo, a adoção de medidas de controle eficazes e o monitoramento contínuo das lavouras são fundamentais. Entre as estratégias recomendadas, destacam-se:
- Uso de inseticidas seletivos, minimizando impactos em insetos benéficos;
- Controle biológico, introduzindo inimigos naturais do percevejo;
- Práticas culturais adequadas, como a rotação de culturas e o plantio de variedades mais resistentes;
- Monitoramento constante, utilizando armadilhas e inspeção das plantas para detectar infestações precoces.
Prevenção e monitoramento são essenciais
O percevejo é uma praga que pode comprometer a produtividade e qualidade das lavouras de soja e feijão, tornando essencial o uso de estratégias integradas de manejo. A prevenção e o controle eficaz são indispensáveis para garantir a sustentabilidade da produção agrícola e evitar prejuízos significativos aos produtores.