Prevenção

Pesquisa alerta para riscos da antracnose nos cafezais

Doença fúngica afeta uma ampla variedade de plantas e pode comprometer significativamente a produtividade das lavouras de café

Imagem retrata cultura afetada por doenças agrícolas

A Embrapa divulgou um estudo conduzido pela pesquisadora Julia Rayane, que alerta sobre o aumento da incidência da antracnose nas lavouras de café. A doença fúngica, causada pelo gênero Colletotrichum sp., afeta uma ampla variedade de plantas e pode comprometer significativamente a produtividade dos cafezais.

Como a antracnose afeta os cafezais?

O estudo aponta que os fungos do gênero Colletotrichum apresentam modos de vida que variam entre hemibiotróficos e necrotróficos, utilizando diversas estratégias para invadir os tecidos vegetais. Essas estratégias incluem a formação de estruturas especializadas de infecção, como:

  • Tubos germinativos;
  • Apressórios;
  • Haustórios;
  • Hifas necrotróficas intracelulares secundárias;
  • Acérvulos.

Essas características tornam o controle da doença um grande desafio para os produtores de café.

Sintomas e impactos da antracnose no café

Nos cafeeiros, a antracnose manifesta-se de forma visível em diversas partes da planta. Os principais sintomas incluem:

  • Manchas castanhas nas margens das folhas, frequentemente acompanhadas por anéis concêntricos formados pelos acérvulos do fungo;
  • Emergência de aglomerados de conídios amarelados com aspecto manteigoso, indicando o avanço da infecção.

Sem um manejo adequado, a doença pode reduzir drasticamente a qualidade e o rendimento da lavoura, comprometendo a produtividade e os lucros dos produtores.

Manejo e controle da antracnose no café

A presença do Colletotrichum sp. reforça a importância do monitoramento contínuo e da adoção de práticas agrícolas eficazes para minimizar os impactos na cultura do café. Para conter a propagação da doença e proteger a produtividade dos cafezais, especialistas recomendam:

  • Uso de variedades resistentes a doenças;
  • Controle biológico com microrganismos benéficos;
  • Aplicação de fungicidas específicos para o combate à antracnose;
  • Práticas de manejo integrado, como a rotação de culturas e controle de umidade.