O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio atingiu R$ 2,72 trilhões em 2024, o que representa um crescimento de 1,81% ante 2023, mostra levantamento da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), divulgado nesta quarta-feira (9).
Desse montante, R$ 1,9 trilhão correspondem ao ramo agrícola e R$ 819,26 bilhões ao ramo pecuário. A participação do agronegócio na economia brasileira no período foi de 23,2%.
Segmentação
Os principais destaques do PIB do agronegócio em 2024 foram os segmentos de agrosserviços e agroindústria, que tiveram expansão anual de 3,25% e 2,94%, respectivamente. Por outro lado, o setor primário (dentro da porteira) fechou o ano com queda de 0,16%, enquanto o segmento de insumos caiu 4,65%.
De acordo com o levantamento, o resultado positivo no fechamento do ano foi puxado pelo PIB do ramo pecuário, que terminou 2024 com alta de 12,48%. Os destaques no ramo pecuário foram para agrosserviços (16,79%) e agroindústria (16,78%), seguidos por setor primário (6,55%) e insumos (1,23%).
O ramo agrícola teve queda de 2,19%. Diferentemente da pecuária, a agricultura teve retração de todos os segmentos, principalmente nos insumos (6,97%) e setor primário (3,54%). Os agrosserviços caíram 1,86%, e a agroindústria, 0,44%.
Avanço na reta final
Recortando o quarto trimestre do ano passado, foi registrado um crescimento de 4,48% ante os últimos três meses de 2023.
“O resultado ajudou a reverter o comportamento negativo do PIB no acumulado de janeiro a setembro do ano passado, contribuindo para que terminasse o ano com variação positiva. Com isso, o resultado se aproximou da previsão anual para o PIB divulgada em dezembro de 2024 pela CNA, que indicava um crescimento de até 2%”, explica o levantamento.
Ao analisar os diferentes segmentos do setor e comparando o quarto trimestre com o terceiro trimestre de 2024, observam-se aumentos nos PIBs dos insumos (3,17%), do segmento primário (4,33%), das agroindústrias (3,72%) e dos agrosserviços (5,16%).
O ramo pecuário teve alta de 10,71%, com destaque para agrosserviços (12,15%), setor primário (11,07%) e agroindústria (10,18%). Já o ramo agrícola registrou expansão de 2,02%, com todos os elos da cadeia tendo crescimento no período.
Ainda de acordo com análise das duas entidades, “esse desempenho positivo ao longo do trimestre foi impulsionado pela elevação do valor bruto da produção, fator que esteve relacionado ao aumento dos preços reais no período”.