
A polinização animal contribuiu para 12,6% do valor da produção agrícola no Paraná em 2023, de acordo com dados coletados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o estudo “Contribuição dos Polinizadores para as Produções Agrícolas e Extrativistas do Brasil“.
O estudo destacou a importância da polinização animal feita para a produção brasileira e a evolução ao longo dos anos. No caso do Paraná, o índice avançou acima da média do país desde 2018. Em cinco anos, o estado apresentou uma evolução média de 0,33 ponto percentual, enquanto o crescimento nacional no período foi de 0,27 p.p.
O estudo relata que 75% das culturas agrícolas no Brasil dependem, em algum nível, da ação de polinizadores como abelhas, aves e morcegos, que realizam a contribuição diária do aumento da produtividade, da qualidade dos frutos e da segurança alimentar.
“Normalmente, uma vagem de soja tem de dois a três grãos. Quando são polinizadas pelas abelhas, as pesquisas mostram que passam a ter até quatro ou cinco. Além disso, os grãos tendem a ser mais pesados”, afirmou o coordenador regional do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), Eduardo Mazzuchelli.
Polinização entre municípios
Em 2023, 300 municípios do Paraná tiveram mais de 10% de seus valores impactados pela ação da polinização animal. Em 2018, 293 desse total estavam neste contexto, o que representou um aumento de 6% no volume de cidades em que o processo impacta ao menos um décimo da produção.
O município com a maior contribuição é Rio Branco do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, com 40,52% do valor médio da produção agrícola dependendo de animais polinizadores. Na sequência estiveram Doutor Ulysses (34,22%), Cerro Azul (32,46%), Morretes (31,94%), Altônia (28,98%), Perobal (21,58%), Matinhos (21,18%), Carlópolis (20,88%) e Campina Grande do Sul (20,64%).