Cotações

Preços do feijão carioca de alta qualidade seguem elevados

Suporte pela necessidade das empacotadoras de repor os estoques

murcha de fusarium feijão

A valorização nos preços do feijão carioca de alta qualidade vem chamando atenção nas últimas semanas, aponta o mais novo levantamento do Cepea-Esalq/USP, divulgado nesta segunda-feira (17). 

Além da necessidade das empacotadoras de repor os estoques, o centro de pesquisas indica que, produtores, conscientes da oferta restrita desses lotes, mantêm-se firmes nas negociações, buscando preços mais elevados. 

Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção nacional de feijão na safra 2024/25 deve atingir 3,3 milhões de toneladas, crescimento de 1,5% em relação ao ciclo anterior. 

Quanto às exportações, números divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) e analisados pelo Cepea mostram que, em fevereiro, foram embarcadas 14,9 mil toneladas de feijão, o maior volume para o mês desde 1997, embora essa quantidade represente queda de 61% em relação a janeiro. Os envios no acumulado de 12 meses continuam sendo recordes, somando 388,21 mil toneladas. 

Milho

Assim como o feijão carioca de alta qualidade, os preços do milho seguem em alta nas principais praças brasileiras, impulsionados pela combinação de estoques baixos com a demanda aquecida pelo cereal.

No encerramento da semana passada, o Indicador Esalq/BM&FBovespa (Campinas – SP) se aproximava dos R$ 90/saca de 60 kg, patamar nominal verificado pela última vez em abril de 2022. 

Dados da Conab indicam que os estoques iniciais da temporada 2024/25 são de apenas 2,04 milhões de toneladas, inferior às 2,1 milhões de toneladas apontadas em fevereiro/25 e bem abaixo das 7,2 milhões de toneladas da safra 2023/24.

O atual estoque representa apenas 2,4% do consumo anual do milho pelo mercado interno, estimado pela Conab em 86,97 milhões de toneladas em 2024/25.

Soja

A colheita de soja segue “a todo vapor” nas principais regiões do Brasil. Segundo análise do Cepea, a maior produtividade vem se confirmando em muitas praças, o que reforça a estimativa de produção recorde no País. 

Com a oferta do grão aumentando e compradores mais ativos, os negócios para entrega imediata se aqueceram. 

A Conab estima a produção nacional de soja em 167,37 milhões de toneladas, 0,8% a mais do que a apontada em fevereiro e 13,3% superior à da safra 2023/24 – deste total, 56,3% já haviam sido colhidos até 9 de março, de acordo com a Companhia.