Medida preventiva

Controle da ferrugem asiática: produtores do Paraná entram no vazio sanitário da soja

Medida, que segue até agosto, quer frear a doença mais agressiva da oleaginosa e garantir safra saudável

Controle da ferrugem: Produtores do Paraná entram no vazio sanitário da soja
Foto: Gilson Abreu/Arquivo Agência Estadual de Notícias

Como medida de combate à ferrugem-asiática, uma das doenças mais severas da cultura da soja, começa nesta segunda-feira (2) o período de vazio sanitário da soja para os produtores das regiões Norte, Noroeste, Centro-Oeste e Oeste do Paraná, a chamada Região 2 no escalonamento definido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A medida segue até 31 de agosto.

Durante o vazio sanitário, está proibido cultivar ou manter qualquer planta viva de soja no campo. Essa medida visa reduzir ao máximo as chances de o fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da ferrugem asiática, sobreviver entre safras e se espalhar com mais força na próxima temporada. 

O que acontece é que, quando atingida pelo fungo, a lavoura sofre desfolhamento acelerado. Isso reduz a capacidade fotossintética da planta e, consequentemente, compromete a formação e a qualidade dos grãos, podendo resultar em perdas significativas na produtividade.

Segundo o Departamento de Sanidade Vegetal da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adaptar): “a medida sanitária somente será efetiva com o monitoramento de todos os locais que possam conter plantas vivas de soja e a eliminação imediata caso alguma seja detectada.”

Janelas para vazio sanitário no Paraná

A definição de diferentes janelas para o vazio sanitário no estado considera os variados microclimas paranaenses. A Região 1, por exemplo, que inclui o Sul, Leste, Campos Gerais e o Litoral, inicia o vazio em 21 de junho. Já a Região 3, que compreende o Sudoeste, começa em 12 de junho.

A Adapar, vinculada à Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, é responsável pela fiscalização do cumprimento da medida. Os produtores que mantiverem plantas vivas de soja no campo durante o período poderão ser penalizados conforme prevê a legislação sanitária.

Além de ser uma questão de responsabilidade individual, o vazio sanitário é considerado uma ação coletiva indispensável para proteger a produtividade da soja no estado. A ferrugem-asiática é altamente agressiva, se dissemina com facilidade pelo vento e pode causar perdas expressivas nas lavouras.

A semeadura da oleaginosa nas regiões que já iniciaram o vazio sanitário estará liberada a partir de 1º de setembro e poderá ser realizada até 31 de dezembro.

Para mais informações, produtores podem consultar a Portaria nº 1.271/2025 da Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa.