
O IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater), junto da Adapar (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná), anunciaram durante a ExpoIngá, ontem (14), dois projetos para apoiar sericicultores afetados pela deriva de agrotóxico, problema que ocorre quando o defensivo agrícola de uma lavoura é arrastado pelo vento e atinge a larva do bicho da seda.
Entre as ações já aprovadas está o pagamento de um apoio emergencial de R$ 5 mil para cada produtor rural que registrou prejuízos em sua produção na Adapar. A iniciativa é responsabilidade da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), que opera para viabilizar o repasse dos valores aos sericicultores afetados pela deriva.
O outro projeto, que já está em andamento, reúne pesquisa, extensão rural e defesa agropecuária, com objetivo de melhorar a produção de seda no estado e evitar novos impactos da deriva.
“Algumas questões já vinham sendo discutidas há bastante tempo e agora será possível atender no projeto. É claro que existem expectativas que ainda não conseguimos contemplar, mas já é um passo para devolver ao Paraná um clima de construção em torno da atividade”, afirma o diretor-presidente do IDR-Paraná, Natalino Avance de Souza.
“Tanto o IDR-Paraná quanto a Adapar têm trabalhado na conscientização com palestras, formação para regulagem de pulverizadores, mas o problema continua, porque o pessoal, principalmente produtores de cana de açúcar e laranja, não respeita os horários, nem as questões climáticas – temperatura e umidade – na hora de aplicar os agroquímicos, o que vem ocasionando alta mortalidade das lagartas. Para ajustar esta questão precisamos envolver não só o IDR-Paraná e Adapar, mas também as prefeituras municipais e a promotoria pública”, diz o coordenador estadual de sericicultura do IDR-Paraná, José Francisco Lopes Júnior.