
O estado de Sergipe deve colher, neste ano, uma safra recorde de milho, com produção estimada em 1,05 milhão de toneladas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O crescimento é de 4,9% em relação a 2024, acompanhado de um aumento de 2,1% na área colhida, que chegou a 190,7 mil hectares.
O rendimento médio das lavouras, 5.523 kg por hectare, é o maior do Nordeste brasileiro, consolidando o estado como o quarto maior produtor da região. Segundo o secretário de Agricultura de Sergipe, Zeca da Silva, o milho tem papel estratégico na economia local, com forte integração às cadeias da pecuária leiteira e da avicultura, por ser um insumo essencial para a criação de animais.
Alguns dos fatores que impulsionaram o bom desempenho das lavouras sergipanas são: chuvas regulares, adoção de novas tecnologias, uso de sementes melhoradas e a entrada de novos grupos industriais, como a Nativille, o Grupo Pé de Serra e a Maratá, que ampliaram a demanda interna do estado pelo milho.
Atualmente, o milho representa 37% do valor total da produção agrícola de Sergipe, com maior concentração nas regiões semiáridas. Os municípios de Carira, Simão Dias, Frei Paulo e Poço Verde são responsáveis por cerca de metade da produção estadual.
O Governo de Sergipe tem ampliado os investimentos para apoiar a produção de grãos, com a distribuição de 206 toneladas de sementes certificadas a mais de 20 mil famílias em 60 municípios. Outras medidas incluem a redução da alíquota de ICMS do milho para 2%, recuperação de estradas vicinais e assistência técnica oferecida pela Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro).
E cerca de 1.800 produtores sergipanos estão cadastrados no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), e boa parte recebe orientação direta para plantio, colheita e armazenamento.