No Dia Nacional da Silvicultura, São Paulo se destaca entre os principais polos florestais do país. Em 2024, o setor foi o terceiro que mais exportou no agronegócio paulista, atrás apenas do açúcar e das carnes. Dados do Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta) e da Diretoria de Pesquisa dos Agronegócios (Apta) mostram que, no ano passado, as vendas externas de produtos florestais somaram US$ 3,14 bilhões, sendo 54,9% referentes à celulose e 37,4% ao papel.
Foto: Governo de SP

No Dia Nacional da Silvicultura, São Paulo se destaca entre os principais polos florestais do país. Em 2024, o setor foi o terceiro que mais exportou no agronegócio paulista, atrás apenas do açúcar e das carnes. Dados do Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta) e da Diretoria de Pesquisa dos Agronegócios (Apta) mostram que, no ano passado, as vendas externas de produtos florestais somaram US$ 3,14 bilhões, sendo 54,9% referentes à celulose e 37,4% ao papel.

Exportações paulistas

Em 2024, os produtos florestais representaram 10,2% das exportações paulistas, com alta de 16,3% no valor vendido e estabilidade no volume embarcado em relação ao ano anterior. A celulose, principal item do grupo, registrou aumento de 25% na receita, apesar da queda de 4,1% nos embarques. Já o papel teve avanço tanto em valores (+5,9%) quanto em volume (+12,4%).

A China seguiu como o maior destino dos produtos florestais paulistas, concentrando 35,1% das vendas externas. Em seguida aparecem a União Europeia (15,2%), Estados Unidos (9,5%), Peru (4,8%), Argentina (4,7%), Colômbia (3,8%) e Chile (3,6%). Os demais mercados somaram 23,3%.

Marli Mascarenhas, pesquisadora do IEA, ressalta que a silvicultura “é um setor certificado, até internacionalmente, no caso das florestas de eucaliptos plantados. Além disso também contribui para o sequestro de carbono e a conservação de áreas nativas. A seringueira, por exemplo, pode ser integrada em áreas de proteção florestal, utilizando até 40% dessa área com essas árvores”.

São Paulo é o maior produtor de borracha do país

O estado lidera a produção nacional de borracha natural, utilizada em itens como pneus, solados, próteses e preservativos. Para a safra 2024/25, São Paulo registrou 266,2 mil toneladas de coágulo de látex, alta de 8,6% sobre o ciclo anterior, com rendimento médio de 2.375 kg/ha e expansão de 3,1% da área plantada.

As maiores produções se concentram no norte e noroeste paulista, especialmente nas regionais de São José do Rio Preto, General Salgado e Votuporanga.

Embora a seringueira seja amazônica, cerca de 60% da borracha natural do país vem de São Paulo, resultado de décadas de pesquisa do Instituto Agronômico (IAC-Apta), que já desenvolveu 37 clones mais produtivos e adaptados ao estado. Entre eles há variedades que permitem iniciar a sangria a partir de cinco anos após o plantio.