O plantio da soja no Brasil começou sob um cenário climático desafiador. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a safra 2025/26 deve enfrentar temperaturas elevadas e chuvas irregulares, fatores que podem comprometer o desenvolvimento inicial das plantas e favorecer o surgimento de pragas, doenças e fungos de solo.
Esse contexto reforça a necessidade de estratégias mais sustentáveis de manejo, nas quais os biodefensivos ganham cada vez mais espaço.
Essas soluções biológicas utilizam microrganismos vivos para combater pragas e doenças de forma direcionada, sem deixar resíduos químicos e com menor impacto ambiental.
Diferentemente dos defensivos convencionais, os biológicos atuam de modo específico, interrompendo o ciclo de vida dos organismos-alvo e reduzindo o risco de resistência, o que contribui para um controle mais equilibrado e duradouro.
Além dos benefícios ambientais, o uso de biodefensivos também traz ganhos econômicos e produtivos. O manejo biológico pode diminuir a necessidade de aplicações químicas, reduzir custos e atender à crescente demanda dos mercados por alimentos com menor carga de resíduos.
Fungos como Trichoderma são utilizados no tratamento de sementes para proteger as raízes e melhorar o vigor das plantas, enquanto agentes entomopatogênicos, como Beauveria bassiana e Isaria fumosorosea, ajudam no controle de pragas como percevejos, lagartas e moscas-brancas, problemas comuns em períodos de calor intenso e estiagens prolongadas.
Diante das oscilações climáticas e da pressão por maior sustentabilidade, o manejo biológico deixa de ser apenas uma alternativa e se consolida como uma estratégia essencial para garantir produtividade, rentabilidade e equilíbrio fitossanitário nas lavouras de soja.