Os custos de produção seguem como o principal fator que orienta o desempenho das cadeias agropecuárias do Paraná, aponta o Boletim Conjuntural do Departamento de Economia Rural (Deral), divulgado nesta quinta-feira (4)
Foto: Jaelson Lucas / Arquivo AEN

Os custos de produção seguem como o principal fator que orienta o desempenho das cadeias agropecuárias do Paraná, aponta o Boletim Conjuntural do Departamento de Economia Rural (Deral), divulgado nesta quinta-feira (4). Apesar das particularidades de cada setor, o relatório mostra que grãos e proteínas animais enfrentam um cenário em que rentabilidade, preços e desafios logísticos estão diretamente condicionados ao comportamento desses custos.

Café

O setor cafeeiro registrou uma safra 10% maior que a de 2024. A produção estimada é de 745 mil sacas beneficiadas, ante 679 mil sacas no ciclo anterior. O desempenho reflete as melhores condições climáticas, especialmente em relação à disponibilidade hídrica.

Mais de 80% da safra já foi comercializada, com preços favoráveis. A maior parte das vendas ocorreu acima de R$ 2.000,00 por saca, com recuo apenas entre julho e agosto.

Soja

A oleaginosa mantém estabilidade nos custos e forte potencial de lucratividade. Levantamento do Deral indica que o custo variável para produzir 55 sacas por hectare é de R$ 3.212,00 (equivalente a R$ 58,39 por saca), alta de apenas 0,76% em relação ao mesmo período de 2024.

O plantio está praticamente concluído no Paraná, alcançando 99% dos 5,77 milhões de hectares previstos para a safra.

Leite

O setor lácteo atravessa um período de retração nos preços pagos ao produtor. Em novembro, o litro posto na indústria recuou 5,74% em relação a outubro, acumulando queda de aproximadamente 18% nos últimos 12 meses, segundo dados do Deral.

Suíno

Em outubro, a suinocultura registrou a maior rentabilidade do ano. A margem atingiu R$ 1,45/kg, superando os R$ 1,39/kg observados em setembro, até então o melhor resultado de 2025. O desempenho resulta da combinação entre o melhor preço pago ao produtor no ano e o segundo menor custo de produção do período. Em outubro, o valor recebido pelo produtor foi de R$ 7,22/kg, alta de 0,8% frente a setembro e de 3,8% em relação a outubro de 2024.

Ovos

O mercado de ovos apresenta contrastes entre o bom desempenho das exportações e o impacto da tarifa imposta pelos Estados Unidos. Nos dez primeiros meses de 2025, o Brasil exportou 49.806 toneladas de ovoprodutos (ovos frescos com casca, ovos cozidos e secos, gemas frescas e cozidas e ovoalbumina), alta de 36,8% em relação ao mesmo período de 2024, com faturamento de US$ 163,4 milhões.