O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) dará início, em 13 de outubro, à próxima fase do projeto-piloto do Zoneamento Agrícola de Risco Climático em Níveis de Manejo (ZarcNM), focado na cultura da soja no Paraná.
Desenvolvido pela Embrapa, o ZarcNM considera práticas de manejo em cada talhão para diferenciar o risco climático. O protocolo técnico classifica as áreas de cultivo em quatro níveis (NM1 a NM4), de acordo com indicadores como teor de cálcio no solo, tempo sem revolvimento, cobertura de palhada e diversidade de cultivos.
Para obter a classificação, os produtores devem reunir três grupos de informações:
- cadastro do agricultor e da área, com geolocalização e histórico de uso;
- dados por sensoriamento remoto e geoprocessamento;
- análises físicas e químicas do solo, com amostras georreferenciadas.
Todas as informações precisam ser registradas no Sistema de Informações de Níveis de Manejo (SINM), condição essencial para validação.
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Na primeira etapa, o sistema foi operado por cooperativas, empresas de geotecnologia, instituições de ATER, seguradoras, bancos e órgãos públicos, organizados em três categorias: contrato, geoprocessamento e análise de solo. Suboperadores também participaram para ampliar o alcance da iniciativa.
O projeto destina R$ 8 milhões em subvenção ao prêmio do seguro rural, exclusivo para a soja no Paraná na safra 2025/2026. Os percentuais de subvenção podem chegar a até 35%, dependendo da qualidade do manejo e do histórico da área.
A próxima fase será marcada pelo envio, até 10 de outubro, das áreas validadas no SINM. As seguradoras deverão remeter as propostas ao Mapa no dia 13 de outubro, seguindo os critérios definidos pela Embrapa.
O ZarcNM reforça a estratégia do Governo Federal de incentivar práticas agrícolas mais sustentáveis, resilientes e adaptadas às mudanças climáticas.
