RS amplia rede contra ferrugem da soja com 95 coletores em 2025/2026

O Governo do Rio Grande do Sul anunciou a ampliação da rede de monitoramento da ferrugem asiática da soja para a safra 2025/2026.

Com a instalação de 20 novos coletores de esporos, o estado agora conta com 95 unidades distribuídas em 95 municípios, reforçando o programa Monitora Ferrugem, coordenado pelo Departamento de Defesa Vegetal (DDV/Seapi) em parceria com a Emater/RS-Ascar.

Monitoramento contínuo e uso racional de fungicidas

Os coletores e as lâminas de captura de esporos foram adquiridos pelo DDV/Seapi. A substituição das lâminas ocorre semanalmente pelos extensionistas da Emater, que as enviam para análise laboratorial.

O objetivo é medir a quantidade de esporos do fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da ferrugem asiática da soja, presente no ar.

“O programa é um aliado do produtor. Ao cruzar o número de esporos com dados climáticos, é possível decidir o momento ideal para a aplicação de fungicidas, evitando desperdícios e aumentando a eficiência”, afirmou Ricardo Felicetti, diretor do DDV.

Cobertura estadual e acesso universal

De acordo com Elder Dal Prá, coordenador de Defesa Sanitária Vegetal da Emater, o programa beneficia todos os perfis de produtores, desde agricultores familiares até grandes sojicultores.

“As informações geradas são acessíveis a todos e publicadas semanalmente. Essa universalidade é uma das grandes forças do Monitora Ferrugem”, destacou.

Além disso, o programa incentiva o uso racional de defensivos agrícolas, contribuindo para a sustentabilidade da lavoura:

“As pulverizações são feitas com base na pressão da praga, garantindo eficácia no controle e economia para o produtor”, acrescentou Dal Prá.

Dados atualizados e previsão da safra 2025/2026

Durante o evento técnico realizado em Santa Cruz do Sul, nos dias 30 de setembro e 1º de outubro, foram apresentados:

  • Resultados da Circular Técnica nº 29 – Programa Monitora Ferrugem RS (safra 2024/2025)
  • Prognóstico climático para a safra 2025/2026, por Flávio Varone (Simagro/Seapi)
  • Participações técnicas do DDV e da fitopatologista Andréia Mara Rotta de Oliveira (DDPA/Seapi)

“A atualização constante dos dados é fundamental para o manejo preventivo da doença, além de fortalecer o papel do setor público no suporte técnico ao produtor”, enfatizou Andréia.

Início da semeadura e do monitoramento oficial

O vazio sanitário é uma medida preventiva fundamental para reduzir a sobrevivência do fungo entre as safras e evitar infecções precoces.