O vazio sanitário da soja — período no qual é proibido manter plantas vivas da oleaginosa nas lavouras — tem início nesta semana em dois importantes locais produtores do país: o estado de Goiás e o oeste da Bahia.
A medida fitossanitária é uma das principais estratégias para o controle da ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi), fungo altamente destrutivo e de rápida propagação, responsável por prejuízos significativos à cultura da soja. O emprego do vazio sanitário reduz a presença do fungo na entressafra e garante maior sanidade às lavouras na próxima temporada.
Goiás
Em Goiás, o vazio sanitário da soja começa na sexta-feira (27) e segue até 24 de setembro. Durante esse período, é proibida a presença de plantas vivas de soja, inclusive as chamadas tigueras — plantas voluntárias que brotam após a colheita.
O estado foi, na safra 2024/25, o terceiro maior produtor de soja do Brasil, com uma produção que alcançou 20,4 milhões de toneladas. O plantio poderá ser retomado a partir de 25 de setembro, com prazo final de semeadura em 2 de janeiro de 2026.
Bahia
Na Bahia, o vazio sanitário da sojacomeça na quinta-feira (26), inicialmente na Região I, que inclui municípios do oeste do estado, como Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério, e vai até 7 de outubro.
Nesta entressafra, o estado adotou uma nova divisão em três regiões com datas distintas para o vazio e a semeadura, conforme a Portaria SDA/MAPA nº 1.271/2025.
A iniciativa visa adaptar o manejo às características climáticas de cada região e intensificar o combate à ferrugem. A Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) e entidades como a Associação dos Irrigantes da Bahia (Aiba) estão mobilizadas para orientar produtores quanto às novas regras.