Agricultura

Tarifa zero na importação de alimentos entra em vigor hoje (14)

Decisão visa conter a alta dos preços dos alimentos no mercado interno. beneficiando principalmente as famílias de baixa renda

período de safra
período de safra

A partir desta sexta-feira (14), entra em vigor a isenção do imposto de importação para 11 categorias de alimentos, incluindo carnes, sardinha, café, azeite, açúcar, óleos vegetais, milho, massas e biscoitos. A medida foi determinada pelo Comitê Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex), órgão vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), durante reunião extraordinária.

Quais produtos tiveram imposto zerado?

A nova tarifa reduz a alíquota de impostos que antes variavam entre 7,2% e 32%. Confira a lista dos produtos beneficiados:

Carnes: de 10,8% para 0%;

Sardinha: de 32% para 0%;

Café torrado e em grão: de 9% para 0%;

Azeite de oliva: de 9% para 0%;

Açúcar: de 14,4% para 0%;

Óleo de palma e óleo de girassol: de 9% para 0%;

Milho: de 7,2% para 0%;

Massas: de 14,4% para 0%;

Biscoitos: de 16,2% para 0%.

Objetivo da medida: redução de preços e controle da Inflação

O governo federal justifica a decisão como uma estratégia para conter a alta dos preços dos alimentos no mercado interno. A iniciativa visa beneficiar principalmente as famílias de baixa renda, que destinam até 40% do orçamento à alimentação. Além disso, a medida busca estabilizar a inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), e evitar desequilíbrios no abastecimento causados por fatores climáticos, geopolíticos e cambiais.

Tarifa zero: solução temporária

A redução tarifária é temporária e foca em produtos essenciais da cesta básica. No entanto, o governo assegura que continuará implementando medidas estruturais para garantir a sustentabilidade da produção nacional a longo prazo.

Impactos para o consumidor e o setor produtivo

A expectativa é que a tarifa zero amplie a oferta desses produtos no mercado nacional, promovendo uma redução dos preços ao consumidor. Por outro lado, setores da indústria alimentícia e agropecuária observam a necessidade de monitorar os impactos da isenção sobre a produção local e a competitividade dos produtores nacionais.