O agronegócio brasileiro alcançou a marca de 28,2 milhões de pessoas ocupadas no segundo trimestre de 2025, segundo boletim divulgado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e pelo Cepea/USP.
O número representa um recorde histórico para o período e mostra um avanço de 0,5% em relação ao primeiro trimestre, o equivalente a 139 mil trabalhadores a mais.
Com esse desempenho, o setor passou a representar 26% de todos os empregos formais e informais no País.
Crescimento foi puxado por três segmentos
De acordo com a análise da CNA e do Cepea, o avanço da ocupação no agronegócio foi impulsionado pelos seguintes setores:
- Serviços relacionados ao agro
- Segmento de insumos agropecuários
- Atividades primárias (apesar de queda na comparação anual)
Na comparação com o mesmo período de 2024, o crescimento foi de 0,9%, com 244.646 novos trabalhadores no setor.
Participação feminina segue em expansão
O boletim também destaca um crescimento significativo na ocupação de mulheres no agronegócio, com alta de 1,9% (equivalente a 203.093 mulheres a mais).
Já o número de homens ocupados no setor cresceu 0,2%, o que representa 41.554 trabalhadores adicionais.
Mais qualificação no campo: ensino médio e superior avançam
Houve aumento expressivo na escolaridade da força de trabalho rural:
- +3,4% no número de trabalhadores com ensino médio completo (+371.051 pessoas)
- +4,5% no número de trabalhadores com ensino superior completo (+201.987 pessoas)
Esses dados indicam que o setor agro está atraindo profissionais mais qualificados, acompanhando a tecnificação e digitalização do campo.
Redução de mão de obra com baixa escolaridade
Enquanto isso, houve queda entre os trabalhadores com menor nível de instrução:
- –8,5% entre trabalhadores sem escolaridade
- –1,8% entre trabalhadores com ensino fundamental
Esses números reforçam a tendência de profissionalização crescente no agronegócio brasileiro, especialmente nas áreas de gestão, logística, tecnologia e serviços técnicos.