Estar atento à previsão do tempo e aos alertas meteorológicos é de suma importância para o produtor rural garantir boa produtividade e qualidade dos seus cultivos
Foto: SK Strannik/Pexels

Um estudo da Bain & Company destaca que o Brasil tem potencial para se tornar o principal fornecedor mundial de soluções climáticas baseadas na natureza e um dos protagonistas da transição para uma economia de baixo carbono até 2030.

Segundo a análise, o país reúne vantagens como matriz energética majoritariamente renovável e grande capital natural, mas enfrenta um desafio de escala: serão necessários entre R$ 1 trilhão e R$ 1,2 trilhão em investimentos para atingir suas metas climáticas na próxima década.

Cerca de R$ 400 bilhões desse total devem ser destinados a iniciativas ligadas ao uso da terra e manejo do solo, que, segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), podem responder por até 30% das ações globais de mitigação e adaptação às mudanças climáticas.

Para destravar esse potencial, o estudo aponta que o Brasil precisa fortalecer quatro pilares: padronização de normas, avanço tecnológico, integração da cadeia de valor e fomento institucional.

“O volume de capital necessário torna impossível depender apenas do setor público. Será essencial atrair investimento privado e reduzir o risco percebido pelo mercado”, afirma Daniela Carbinato, sócia e líder de sustentabilidade da Bain na América do Sul.

A consultoria mapeou 15 soluções-chave para descarbonização, agrupadas em quatro estágios de maturidade — de rotas tecnológicas emergentes a mercados em desenvolvimento. Para cada categoria, o estudo propõe instrumentos financeiros específicos, como contratos de compra de longo prazo, garantias, dívida concessional e equity catalítico, para atrair investidores e dar previsibilidade aos projetos.

Outro ponto crucial é o fortalecimento de hubs climáticos nacionais, capazes de conectar projetos sustentáveis a fontes de financiamento e padronizar métricas de desempenho ambiental.

Com a COP30 no Brasil em 2025, o país tem a oportunidade de consolidar sua posição como hub global de inovação climática, unindo esforços públicos e privados para impulsionar uma transição econômica sustentável, rentável e socialmente inclusiva.