Brasil lança iniciativa Raiz, para recuperação de áreas agrícolas degradadas
Divulgação: Ministério da Agricultura e Pecuária

O Brasil vai apresentar, durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30), em Belém (PA), a RAIZ (Resilient Agriculture Investment for Net Zero Land Degradation). A iniciativa internacional busca mobilizar recursos e tecnologias para recuperar áreas agrícolas degradadas em diferentes partes do mundo.

Segundo a ONU, cerca de 2 bilhões de hectares de terras estão degradados no planeta, afetando mais de 3 bilhões de pessoas. Somente em 2024, foram perdidos 6,7 milhões de hectares de florestas tropicais primárias, conforme dados do Global Forest Watch.

O RAIZ é liderado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), com o apoio dos Ministérios do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e da Pesca e Aquicultura (MPA), em parceria com a FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura).

Programas brasileiros aliados

A RAIZ se apoia em políticas já em andamento no Brasil, como os programas Solo Vivo e Caminho Verde Brasil, ambos voltados à restauração de áreas degradadas e ao fortalecimento da agricultura sustentável:

  • Solo Vivo: lançado em Mato Grosso, investe R$ 42,8 milhões na recuperação de solos e no apoio a mil famílias agricultoras. A iniciativa combina tecnologia digital, análises de solo e capacitação técnica.
  • Caminho Verde Brasil: criado pelo Decreto nº 11.815/2023, tem como meta recuperar 40 milhões de hectares de pastagens degradadas em até dez anos. O programa oferece crédito rural com juros reduzidos e incentiva práticas agrícolas sustentáveis.

Durante a COP 30, o lançamento da RAIZ deve reunir governos, bancos e organismos multilaterais interessados em financiar e ampliar projetos de sustentabilidade. O foco é gerar renda para comunidades rurais, reduzir emissões e aumentar a produtividade agrícola sem ampliar o desmatamento.